HERMES FONTES |
Hermes Floro Bartolomeu Martins de Ara�jo Fontes nasceu em Boquim � Sergipe, em 28 de agosto de 1888. Filho de Francisco Martins Fontes e Maria Jos� de Araujo Fontes, camponeses pobres. Perdeu a m�e em 06 de janeiro de 1906, orfandade que marcar� profundamente a vida do poeta e ser� tema de alguns de seus poemas. Aos cinco anos de idade, come�a seus estudos em sua cidade natal, com o professor Le�o Magno. Tr�s anos depois, muda-se para Aracaju com a fama de menino-Prod�gio, possuidor de rara intelig�ncia e de uma mem�ria prodigiosa. Na capital de Sergipe, estuda no col�gio Alfredo Montes. Por essa �poca � apresentado ao ent�o governador da prov�ncia Martinho Garcez que, encantado com o menino de Boquim, decide apadrinhar os seus estudos. Hermes Fontes trava conhecimento, tamb�m, com o grande pol�tico e renomado fil�logo Laudelino Freire que se prontifica a encaminh�-lo ao Col�gio Militar do Rio de Janeiro de que era prestigiado professor. Martinho Garcez leva vantagem nessa disputa e, em 1898, transfere-se para a capital do pais, j� c Omo senador eleito, e leva consigo Hermes Fontes. Em 05 de agosto de 1908, foi nomeado praticante de 2� classe da Diretoria-Geral dos Correios ap�s concurso p�blico em que foi classificado em 1� lugar. S� ent�o, com Sal�rio pr�prio, deixa a casa de Martinho Garcez, onde conheceu v�rias celebridades liter�rias da �poca, e vai morar numa pens�o do Catete.; Por essa �poca, matricula-se no curso de Direito da Faculdade Nacional de Direito e bacharela-se, com o costumeiro brilhantismo, em 1911. A publica��o de suas primeiras obras trouxe-lhe imediata consagra��o e Hermes Fontes transforma-se em celebridade nacional. O seu prest�gio percorre o pa�s de norte a Sul. Em 1917, um grupo de intelectuais pernambucanos convida-o a visitar Recife, onde � recebido como g�nio po�tico da nova gera��o. � homenageado tamb�m e Minas Gerais. Apesar do reconhecimento nacional, era um homem infeliz, introvertido e dce trato dif�cil. Cantou, constantemente em suas obras, o sentimento idealizado do amor, mas suas rela��es amorosas eram inconstantes e traziam-lhe sempre, c Omo saldo, uma amarga sensa��o de enjeitado. De acordo com os coment�rios correntes na �poca, teria tido ua filha, que ele apresentava sempre como sobrinha � carinhosamente apelidada de Tapuia e Bugrinha � fruto de um relacionamento com uma conterr�nea. Casa-se final-mente com uma filha da propriet�ria de uma pens�o em que morou, por algum tempo. O �nico filho desse malogrado casamento morre no ventre da m�e. Em 1930, sabendo-se tra�do pela esposa, desquitase. Tamb�m n�o obteve sucesso em seu sonho de entrar para Academia Brasileira de Letras, para a qual concorreu cinco vezes. De acordo com alguns imortais, seu f�sico era impr�prio para um acad�mico: pequeno, 1,54m, cabe�a grande demais, meio surdo e gago, al�m de extremamente feio. Mas elege-se para a Academia Sergipana de Letras, ocupando a cadeira que tem como patrono Pedro Calazans. Com problemas sentimentais: havia se separado da esposa; com problemas pol�tico: foi chamado a depor num processo forjado pelas for�as vitoriosas de Get�lio Vargas, Hermes Fontes � um permanente desajustado � vida � decide concretizar as previs�es e agouros que espalhou por suas obras e suicida-se com um tiro na cabe�a em 26 de dezembro de 1930. |
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Fonte: Hermes Fontes (Antologia Po�tica) |
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