HERMES FONTES

   
NOME: Hermes Fontes Martins de Ara�jo
FILIA��O: Francisco Martins Fontes e Maria Jos� de Ara�jo Fontes
Data Nascimento: 28/18/1988 � Boquim/SE
idas e vindas: 1888/1896 - Boquim SE  - 1896/1898  Aracaju SE -1898/1930  Rio de Janeiro RJ
outras atividades: 1908/1930 - Rio de Janeiro RJ - Funcion�rio dos Correios. Oficial de gabinete do ministro da Via��o
FORMATURA: 1896/1898 - Aracaju SE - Estudos no Col�gio Alfredo Monte - 1903c./1906 - Rio de Janeiro RJ - Estudos no Gin�sio Nacional - 1906/1911 - Rio de Janeiro RJ - Curso na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro - 1911 - Rio de Janeiro RJ - Bacharel em Direito.
atividades LITER�RIAS 1903/1930c. - Rio de Janeiro RJ - Colaborador dos jornais Fluminense, Rua do Ouvidor, Imparcial, Folha do Dia, Correio Paulistano, Di�rio de Not�cias; e das revistas Careta, Fon-Fon!, Tribuna, Tagarela, Atl�ntida, Brasil-Revista, Revista das Revistas, Am�rica Latina, Revista Souza Cruz. Caricaturista do jornal O Bibli�grafo - 1904 - Rio de Janeiro RJ - Fundador do jornal Estr�ia, com J�lio Surkhow e Armando Mota - 1916 - Rio de Janeiro RJ - Publica��o do livro Ju�zos Ef�meros (Ed. F. Alves)
HOMENAGENS: 1940 - Aracaju/SE - nome de avenida e de pra�a no centro de Aracaju, pra�a e estatua na cidade de Boquim.
LIVROS PUBLICADOS:   Em 1913 publicou seu primeiro livro de poesia, G�nese. Seguiram-se Ciclo da Perfei��o (1914), Miragem do Deserto (1917), Microcosmo (1919), A L�mpada Velada (1922) e A Fonte da Mata... (1930), entre outros.
falecimento: Hermes Fontes morreu enforcado no Rio de Janeiro em 25/12/1930.

O POEMA QUE HERMES FONTES
N�O ESCREVEU

Noite de Natal! Do�ura. Encantamento.
No meu ber�o distante e pequenino,
isento de paix�es e de ambi��es isento,
eu te ofertava, num deslumbramento,
os meus sonhos dourados de menino...

Noite de Natal! (Minha voz muda o som...)
Agora, enches de treva o meu destino,
tornando-me descrente e desgra�ado.
E at� me sinto mau - eu que sempre fui bom!
Ou�o de novo algu�m, que predisse o meu fado:
- Gl�ria, Prazer, Felicidade, Amor,
tudo, tudo � mentira, Sonhador!

A ang�stia me alucina e me agrilhoa os pulsos!
Seja-me a, vida o que quiser...
O deserto sem fim onde uma asa n�o voa
e onde apenas se v�, a rir dos ais convulsos
da minha alma t�o simples quanto boa,
da minha alma que, enfim, j� n�o sabe o que quer,
esta mulher. . . esta mulher. . . esta mulher!
Vejo imersos em sangue e lama os sonhos meus...
(Senhor, esta Vergonha � um c�lice de Absinto!)
Amei-a com loucura e quase por instinto,
como se adora o Sol e a Lua - e o pr�prio Deus!

Mentiu-me. Abandonou-me. E eu fiquei sem conforto,
amargurado e s�,
no mart�rio infinito do meu horto,
sozinho como Cristo e exposto como J�!
Pedras ingratas me feriram todo...
N�o sei por que me segue esta vis�o sangrenta!
Quando a vida se sente afundada no lodo
- � preciso extinguir a chama que a alimenta!

Noite de Natal!
O festivo rumor que anda l� fora
me exaspera e faz mal!
V�s, entre os meus dedos,
fulgindo como um verso impass�vel de Her�dia,
brilhando como um astro, este fulvo metal?
Pois bem. Eis o fim. Oculta os meus segredos...
A com�dia transmuda-se em trag�dia:
- esta bala vai ser o meu ponto final!

Fonte: (ICCA).

          Livros de poesia

1908 - Apoteoses
1913 - G�nese
1914 - Ciclo da Perfei��o
1914 - Mundo em Chama
1917 - Epop�ia da Vi...
1917 - Miragem do De...
1919 - Microcosmo
1922 - A L�mpada Velada
1922 - Despertar!
1922 - Poema Avulso
1930 - A Fonte da Ma...
1944 - Poesias Escola.

        Poemas

A Cigarra
A Guerra
Anoitecer, na Praia
Jogos de Sombras
Luar de Paquet�
Messianeida
Moema
Rosa

O VENTO E O MAR