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Na micareta de Boquim 2009.

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A LARANJA EM BOQUIM
Tudo come�ou pelos idos de 1920, quando foram cultivados os primeiros plantios de laranjeiras "Ba�a".
 Foto: Boquim.com 
Tudo come�ou pelos idos de 1920, quando foram cultivados os primeiros plantios de laranjeiras "Ba�a". Naquela �poca, predominava na regi�o o cultivo do algod�o e a pecu�ria. Anos depois, em face dos pre�os estimulantes, a laranja come�ou a ser cultivada por diversos agricultores em plantios
consorciados com coqueiros e outras culturas.

Germiniano Fernandes da Fonseca foi um dos que abriu o caminho da citricultura. Trouxe da Bahia as primeiras mudas. Embora desacreditado �quela �poca, cultivou-as com amor, carinho e otimismo, e o sucesso foi uma conseq��ncia feliz.

Mas, o que realmente marcou a citricultura na regi�o, foi o incremento recebido em decorr�ncia dos trabalhos de assist�ncia t�cnica prestada pela ANCAR-SE (atualmente EMATER--SE) em 1966, al�m do est�mulo de agentes financeiros, fazendo com que o Estado aumentasse de 1740, para, 5.550 hectares sua �rea cultivada, liderando a cultura de citros no Nordeste.

Em 1971, a Superintend�ncia da Agricultura e Produ��o (SUDAP), criou a Esta��o Experimental de Boquim, hoje o p�lo de irradia��o de toda a tecnologia gerada na regi�o.

Atualmente, a �rea plantada com citros em Sergipe � estimada em 31 mil e trezentos hectares, com aproximadamente 9 milh�es de �rvores. Praticamente, toda citricultura encontra-se localizada na microrregi�o Litoral Sul e Agreste de Lagarto, que agrupam quatorze munic�pios, em quatro diferentes zonas. � na zona I que se localiza o munic�pio de Boquim, juntamente com o de Pedrinhas
e Riach�o do Dantas.

As Zonas apresentam uma infra-estrutura de base satisfat�ria, com munic�pios interligados por rodovias em bom estado de conserva��o, distando em m�dia 100 km da capital e com regular servi�o de comunica��o.

A �rea total da regi�o � de 555.400 hectares, apropriados tanto para a agricultura, como para a pecu�ria. Na agricultura, destacam-se a citricultura, as culturas do fumo, da mandioca e do maracuj�.

Considerando-se que atualmente h� 31 mil hectares apenas ocupados com citricultura e que 55 mil hectares (10% do total da regi�o), potencialmente podem ser utilizados nesta cultura, significa que a atividade poder� expandir-se muito.

Antes de 1971, um dos aspectos negativos na �rea de citricultura era a p�ssima qualidade da muda utilizada.

Com a colabora��o da Esta��o Experimental de Boquim e a EMATER-SE, cumprindo determina��es superiores, foram selecionados e treinados dezenas de "viveiristas" que receberam do Minist�rio da Agricultura credenciais e autoriza��o exclusiva para produzirem mudas. As sementes (no caso
especialmente lim�o-cravo), os viveiristas as recebem da Esta��o Experimental de Boquim, bem como, no tempo h�bil, as "borbulhas", que s�o entregues em embalagem especial de p� de serra molhada, podendo ficar tecnicamente conservadas, durante uma semana, enquanto Processa a enxertia.

A laranja-da-ba�a, foi inicialmente a preferida pelos citricultores sergipanos. Com sua expans�o come�aram a surgir os problemas de morte precoce por "gomose", al�m da concentra��o da oferta e conseq�ente baixa nos pre�os. Esse desest�mulo for�ou os produtores a buscarem outras variedades de cultura c�trica, inclusive de �poca de matura��o diferente e mais resistentes. Assim � que atualmente na regi�o, 75% da laranja existente � da variedade pera, 20% de laranja-da-ba�a e o restante de outras variedades e de lim�es e tangerina.

A colheita � feita ainda de maneira emp�rica, retirando-se os frutos das �rvores e jogando-os ao ch�o, para depois serem recolhidos e amontoados em local onde, normalmente, os caminh�es de carga t�m acesso. Esse sistema vem sendo paulatinamente modificado com a introdu��o de caixas pl�sticas que, no entanto, s�o utilizadas por pequeno n�mero de agricultores.

O beneficiamento � hoje uma pr�tica rotineira e constitui-se apenas em lavar e polir o fruto com parafina. Existem na regi�o 15 (quinze) beneficiadoras que prestam servi�o aos comerciantes da laranja.

Da produ��o de citros em sergipe, 80% (oit�nta por cento) destina-se para outros Estados, principalmente Pemambuco, Cear�, Alagoas, Paraiba e Rio Grande do Norte. Mais ou menos 15% (quinze por cento) � destinada � ind�stria e o restante � consumido internamente.

Em 1977 foi instalada realmente a primeira ind�stria de suco de iaranja, na cidade de Est�ncia (SE), com o nome de FRUTENE S.A., que ultimamente vem-se modernizando, com capacidade atual de processar 120 mil toneladas de laranja/ano. Em 1982 foram esmagadas cerca de 55 mil toneladas de laranja.

Outra ind�stria, a Frutos Tropicais S.A., que industrializava tomate, encontra-se reaparelhada para processar laranja, abacaxi e maracuj�, com capacidade para 120 mil toneladas/ano.

A produ��o de laranja do Estado de Sergipe � superada apenas pelo Estado de S�o Paulo, que indusive produz frutos mais �cidos, cujo suco � preferido para exporta��o. A laranja sergipana tem inferior apar�ncia; no entanto � mais doce e preferida para o consumo "in natura".

Os EUA s�o os maiores consumidores de suco de laranja brasileira.

A assist�ncia t�cnica na regi�o � feita pela Empresa de Assist�ncia T�cnica de Sergipe (EMATER-SE), que, no momento, tem como meta priorit�ria na regi�o, a assist�ncia ao p�blico, ao pequeno produtor, atrav�s do POLONORDESTE, num trabalho desenvolvido mediante t�cnica grupal.

Quanto � assist�ncia credit�cia, pode-se afirmar que esta existe, com relativa facilidade, apenas no que se refere a opera��es de custeio de entressafra.

Os primeiros trabalhos de pesquisa na regi�o, como j� foi dito, surgiram em 1971, com a cria��o da Esta��o Experimental de Boquim, que se vem desenvolvendo, procurando acompanhar o progresso da citricultura sergipana.

A equipe � formada de 9 agr�nomos e 5 t�cnicos agr�colas que executam atualmente 33 projetos de pesquisas. Dentre estes, 12 s�o de citros a cargo de 4 agr�nomos com curso de mestrado e que trabalham com exclusividade nesta �rea.

Os recursos para a manuten��o desses trabalhos s�o provenientes do governo do Estado e do programa POLONORDESTE.

A produ��o de 1982 foi de 315 mil toneladas.

A comercializa��o � feita, atrav�s de intermedi�rios e da industrias SUMO Industrial de Boquim e Marata Suco de Est�ncia, que compram o produto at� mesmo no p�. Neste processo, importante papel � desempenhado pelo "Mercado do Produtor de Boquim", informando diariamente os pre�os da laranja nas CEASAS das principais capitais.

Fonte de pesquisa: Boquim.com / Deris Araujo

Not�cia Postada em 19/03/2009 �s 00:45:54 por: DERIS ARAUJO

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